sexta-feira, 13 de junho de 2008

OMS/UNAIDS - Nota Conjunta para a mídia

Leia a seguir tradução da Correção à História da Aids publicada em The Independent, 8 de junho de 2008
Nova Iorque, 11 de junho de 2008 – Gostaríamos de esclarecer os mal-entendidos acerca das posições da OMS e da UNAIDS sobre a situação da epidemia da aids em artigos recentes da mídia.
A história publicada no The Independent de domingo, intitulada: “A ameaça da pandemia mundial da aids entre os heterossexuais está encerrada, admite relatório” continha algumas afirmações seriamente equivocadas que levaram a inferências e conclusões que não guardam relação com as realidades altamente complexas da epidemia do HIV.
Antes de mais nada, a epidemia global de HIV não está absolutamente encerrada. No final de 2007, estimava-se que 33,2 milhões de pessoas viviam com o HIV. Cerca de 2,5 milhões de pessoas infectaram-se nesse mesmo ano, e 2,1 milhão morreram em decorrência da aids. A aids permanece como a principal causa de mortes na África.
Em todo o mundo, o HIV ainda é amplamente impulsionado pela transmissão heterossexual. A maior parte das novas infecções na África Sub-sahariana ocorrem mediante a transmissão heterossexual. Também se constatam algumas epidemias generalizadas fora da África, como as do Haiti e da Papua Nova Guiné.
A transmissão heterossexual continua a impulsionar a epidemia entre os profissionais do sexo, seus clientes e os parceiros de seus clientes. Além disso, os detentos, os usuários de drogas injetáveis, assim como os homens que fazem sexo com homens podem envolver-se em relacionamentos heterossexuais. Na África Sub-sahariana, quase 60% dos adultos vivendo com o HIV são mulheres; no Caribe, são 48%.
A prevenção ao HIV e os esforços de tratamento estão mostrando resultados. Ampliar esses sucessos depende de aumentar o alcance às populações de risco acrescido, mediante uma abordagem baseada em evidências sobre a epidemiologia local do HIV — abordagem que chamamos de “conheça sua epidemia”. Em todos os lugares, é necessário um ambiente acolhedor, livre de estigma e discriminação, barreiras legais ou outros obstáculos que impedem o acesso aos serviços.
As campanhas de conscientização sobre a aids e as iniciativas dentro das escolas são essenciais para promover a saúde sexual e reprodutiva, garantindo que os jovens tenham o conhecimento e habilidade para proteger-se a si mesmos contra as doenças sexualmente transmissíveis e gravidez na adolescência.
A UNAIDS e a OMS continuam concentradas no reforço ao monitoramento da epidemia, visando aprimorar as futuras respostas e reconhecer mudanças nos padrões de transmissão, caso estes venham a ocorrer.Recapitulando: a aids continua a ser o principal desafio em termos de doença infecciosa para a saúde global. Sugerir outra coisa é irresponsável e equivocado.
Dr Kevin M. De CockDiretorDepartmento de HIV/AidsOMS, Organização Mundial de saúde
Dr Paul De LayDiretorDepartmento de Evidências, Monitoramento e PolíticasUNAIDS, Programa Conjunto da ONU sobre HIV/AIDS
ContatoPatricia Leidl OMS Genebra Tel: +41 22 791 5876, Mobile: +41 79 619 8525 leidlp@who.intSophie Barton-Knott UNAIDS Genebra Tel: +41 22 791 1697 bartonknotts@unaids.org

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“Sem preservativos, é com a AIDS que você faz amor. Proteja-se.”